Diários de Migrantes
financiado pelo FSE
e pela CMLisboa
A partir de Setembro 2022, as memórias de vários migrantes vão andar a viajar por Lisboa.
“Próxima Estação: Um arquivo para a migração”, é uma exposição itinerante que vai circular por três espaços da cidade de Lisboa, entre dia 21 de Setembro e 4 de Outubro será possível visitá-la no Espaço de Santa Catarina, entre dia 13 de Outubro e 01 de Novembro encontra-se na galeria do projeto EGEU e fará a sua última exibição entre 03 de Novembro e 20 de Novembro na associação cultural Curious Monkey.
A exposição apresenta fragmentos de alguns dos diários recolhidos no âmbito do projeto “Diários de Migrantes”, uma iniciativa da associação Arquivo dos Diários no âmbito do POR Lisboa 2020, financiado pelo Fundo Social Europeu e pela CM Lisboa em colaboração com a Rede DLBC Lisboa, que procurou, através da recolha de cerca de 40 diários pessoais de migrantes, inscrever na história e na atualidade quotidiana da cidade a experiência migratória por que diversas comunidades e habitantes passaram. Tem curadoria de Marta Almeida Santos.
“Ainda existe pouca visibilidade em relação às memórias de pessoas migrantes; de onde vieram, quais as suas motivações, as suas dificuldades, desafios, etc…Esta é uma oportunidade para conhecermos as suas vozes e as suas palavras e dá-las a conhecer à comunidade permitindo inscrever a sua memória no espaço público e igualmente combater o preconceito e a xenofobia”, afirma Clara Barbacini, uma das fundadoras da Associação Arquivo dos Diários e que dirige este projecto.
“Próxima Estação: Um Arquivo para a migração” não é um registo sistematizado de ciclos de migração, de tendências ou tensões sociais. Não conta uma história uniforme e linear. É uma deambulação pelo que nos move e o que nos prende, uma incursão ao desconhecido e ao novo.
As memórias autobiográficas de 41 pessoas de diferentes nacionalidades (Paquistão, Índia, Venezuela, Brasil, Nepal, Itália, Espanha, Bangladesh, Itália, Congo, Japão, França, Irlanda do Norte, Colômbia, Polónia, Alemanha, Moçambique, Estados Unidos da América, Cuba, etc.) são agora absorvidas e interpretadas numa exposição itinerante que celebra a diversidade e procura pontos de convergência em rotas e histórias distintas.
Neste contexto serão ainda realizados encontros públicos e informais, destinados a discutir temas em torno da migração, ler excertos dos diários e partilhar experiências pessoais, que irão contar com a presença de alguns dos participantes do projeto, diaristas e mediadores. Estes eventos são gratuitos e abertos ao público.
A Associação “Arquivo dos Diários”, fundada em 2013, com sede na Biblioteca de São Lázaro em Lisboa, tem como objetivo a recolha e a preservação de memórias autobiográficas sob a forma de diários ou outros suportes, que permitam o conhecimento de narrativas individuais, dessa forma ampliando o enriquecimento da nossa história coletiva.
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Para mais informações:
https://diariosdemigrantes.pt/
Clara Barbacini / Isabel Mões
geral@arquivodosdiarios.pt
96 755 08 14
96 975 26 93
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Datas, horários e locais:
21 Set – 4 Out
Seg-Sex: 14h – 20h
Espaço Santa Catarina
Largo Dr. António de Sousa Macedo 7
13 Out – 01 Nov
Sex-Dom: 16h – 20h
EGEU
Rua do Funchal 1 A
03 Nov – 20 Nov
Sex-Dom: 16h – 20h
Curious Monkey
Rua de São Mamede 16B
Encontros públicos:
08 Out. 16h – Jardim do Adamastor
22 Out. 16h – Largo do Intendente
12 Nov. 17h – Curious Monkeys
Parceiros:
Junta de Freguesia de Arroios, Junta de Freguesia da Misericórdia, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ACM: Alto comissariado para as migrações, ACI; Associação Centro Interculturalidade, Associação ISHA – Artes, PAR – Plataforma de apoio aos refugiados, Associação Ucranianos em Portugal, Associação civil de venezuelanos em Lisboa – Venexos, EAPN; Rede Europeia anti- pobreza.
DIÁRIOS DE MIGRANTES
Projecto
“Diários de migrantes” tem como objectivos principais a promoção do diálogo intercultural e da informação sobre percursos migratórios dentro dos diferentes territórios; a quebra de preconceitos; e a integração cultural e social de comunidades migrantes no espaço público lisboeta.
É um projecto com a duração de dois anos e meio a ser desenvolvido no âmbito do POR Lisboa 2020, financiado pelo Fundo Social Europeu e pela Câmara Municipal de Lisboa em colaboração com a Rede DLBC Lisboa – Associação para o Desenvolvimento Local de Base Comunitária em Lisboa. Tem como objectivo central a recolha de memórias autobiográficas de pessoas com percursos migratórios e de vida, através da construção de pelo menos 60 diários pessoais em diferentes formatos (papel, áudio, vídeo, etc.). Pretende-se ter a participação de diferentes comunidades e nacionalidades, contemplar várias faixas etárias, e dar um enfoque especial à participação de mulheres. Partindo dessa recolha serão realizados um documentário sobre o projecto, uma instalação/exposição fotográfica, diversos encontros públicos de debate, e a publicação de algumas das histórias recolhidas.
Parceiros: Junta de Freguesia de Arroios, Junta de Freguesia da Misericórdia, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ACM, Associação Intercultura, Associação Ishartes, PAR – Plataforma de apoio aos refugiados, Associação Ucranianos em Portugal, Associação Venexos, EAPN.
Não queremos deixar de agradecer: Associação Renovar a Mouraria, Largo Residências, Associação Andorinha e Casa do Brasil.
Diaristas
Os diários são criados por migrantes e refugiados oriundos de diferentes países que residam ou trabalhem no bairro da Mouraria, no bairro de S. Paulo e nos Anjos (freguesias de Santa Maria Maior, Misericórdia e Arroios respectivamente) entre julho de 2021 e abril de 2022, podendo estes territórios englobar excepcionalmente outros bairros BIP ZIP (Bairros de Intervenção Prioritária).
Nos próximos meses, nesta secção iremos partilhar a evolução do trabalho dos diaristas. Os diários estão a ser elaborados nas línguas de origem e serão posteriormente traduzidos para português e, sempre que possível, para inglês.
Diários na Cidade
Partindo dos sessenta diários recolhidos, serão realizadas uma exposição fotográfica itinerante pelas três freguesias e uma série de encontros públicos de partilha dos testemunhos com a população.
A fase final do projecto prevê a selecção de algumas das histórias para posterior publicação em livro.
Mediação Cultural
A fase de produção dos diários é acompanhada durante um mínimo de seis meses (com encontros pontuais) por dez mediadores culturais, oriundos das diferentes comunidades de migrantes, que fazem a ponte entre as associações e os possíveis diaristas.
Mediadores:
Paulo Jorge António Marques | Portugal
Lídia Mello | Brasil
Marzie Damin | Brasil
Vera Rocha | São Tomé e Principe
Camille Bourdeau | França
Sabitri Shrestha | Nepal
Larib Mujahid | Pakistão
Giulia Maggiora | Itália
Bertille Paquet | França
Yanik Landu Matondo | Congo
Magda Burity da Silva | Portugal